BOA VIZINHANÇA
BOA VIZINHANÇA
- Publicado em: 30/08/2022 às 11:09 | Imprimir
ALGUMAS INFORMAÇÕES
Festa da Boa Vizinhança é um tradicional evento anual que reúne vizinhos, amigos e familiares residentes nas proximidades da Rua Ginásio Pio XII, trecho entre a Rua Teresa Verzeri e Rua Rui Barbosa – Bairro Centro em Três de Maio, além de amigos e vizinhos do coração, que sempre são benvindos.
A primeira edição ocorreu em 1987 e se estendeu até 1995, quando deixou de acontecer. A Festa da Boa Vizinhança ficou nas boas lembranças e na saudade de todos, mas nunca no esquecimento. Em 2002, após amigas provocações entre os vizinhos foram retomadas as festas com o mesmo propósito e confraternizar em um clima alegre, descontraído e familiar.
A data é combinada, sem formalidades, para ser, de preferência no primeiro sábado de dezembro, para reunir o máximo de familiares.
Com a permissão das autoridades as ruas são interditadas para garantir a segurança. Mesa grande do Turra ou do Nego Manjabosco, churrasqueia do Irineu, freezer do Rex, no meio da rua começam a dar forma ao local. O Mireski, sempre animado, vai e volta, sobe e desce, para instalar a iluminação na copa das sibipirunas em frente à residência do Aldino, que fornece energia elétrica.
Os participantes trazem suas cadeiras, suas porções de alimento ou pedaço de carne, tudo vai sobre a mesa e é compartilhado por todos. O consumo de bebida se marca no "caderno" e se acerta, com quem recolhe os inevitáveis "achados e esquecidos".
Na ornamentação, em meio ao chimarrão, liderado pelas "gurias" Glaci, Gene, Laides, Sedi, Rosinha, Rosana, Marlise, Irineu, Guido, Marin, Pedro, Aldino, e toda a vizinhança, são confeccionadas e esticadas as bandeirinhas que atravessam a rua, enchidos balões e fixadas as faixas de boas-vindas. A animação sonora fica por conta do Turra.
Há muitos vizinhos mais próximos e outros mais distantes. Alguns de muitos anos e outros mais recentes. Muitos que partiram para outro plano e outros que chegam para renovar e encantar o grupo. Vizinhos mais jovens e outros jovens há mais tempo. Vizinhos mais festeiros, vizinhos mais sérios, vizinhos dispostos e voluntários que se dedicam a assar e servir a carne assada. Todos, de todas as idades, sem discriminações nem preconceitos, como velhos amigos, despojados de seus cargos, profissões ou compromissos, fazem parte e contribuem para escrever a cada ano esta elogiável história de boas relações.
Há amigos, familiares e vizinhos pioneiros, de residência ou de coração, que perenizam este acontecimento, entre os quais: Aldino, Laides, Marceli e Dani, Irineu, Sedi, Eduardo, Turra, Glaci, Izabel, Marcelo, João Arthur, Andressa, Guido, Gene, Jones, Marcos e Micheli, Quezo e Maria, Mireski, Bea, Bruna e Eduardo, Arthur, Olga e Vera, Honorato e Marli, Rex, Maria, Guilherme, Ricardo, Valéria e Leonardo, Nego Meia, Rosinha, Ana e Ângelo, Jacir, Rosana, Rodrigo e Vanessa, Olívio e Lori, Luiz e Clauza, Honorato e Marli, Clélia e Alcindo, Everson e Janete, Pedro e Marlise, Copatti e Rosângela, Djanira e Manuele, Amélia e Grutka, Galiotto e Lídia, Lúcia, Lidio e Adelina, Rogério e Arlete, Rosane, Leandro, Arlete e Gabriela, Cristina e Gildor, Clélia e Rodrigo, Marcos, Ana, Mariana e Ana Clara, Pedó e Magali, Monica, Rogério e Isabel, Chico e Marisa, Valério e Lorinês, Matheus e Jocieli, Gildor e Aline, Camila e Birk, Flavio, Gildor e Aline, Marcos e Zeni, Sara e Airton, Verônica, Dr. Airton e Maria Salete, Corso e Neiva, Olivio e Bety, Nestor e Vânia, Jaime e Idalina, Ildo e Neiva, Irineu e Heidi, Zaczeski e Leonir, Ligia.
Há vizinhos que “não gostavam de festa | que terminava cedo”, os saudosos Marco e Andréia. Há especiais amigos, familiares e vizinhos do coração.
Perdão aos que eventualmente deixamos de citar.
Fim de tarde, cadeiras dobráveis debaixo do braço, mãos carregadas de pratos, talheres, saladas, pão, cuca, porção de carne que vai para o espeto. Tudo vai para a mesa coletiva e depois todos se servem da grande, farta e variada ceia da Boa Vizinhança.
Uma das faixas, "Que bom!!! Você Veio", traduz o sentimento que a todos, faz todos se sentirem em "casa" embora literalmente na rua, que já mereceu do poeta um nome especial, "A Rua das Emoções"
Um momento de agradecimento e pedido à saúde, amizade, alegrias, de mãos dadas, uma oração diante da "santinha", depois o abraço fraterno de Feliz Natal e Próspero Ano Novo.
A Festa da Boa Vizinhança também se faz de boas lembranças, da chuva das primeiras edições, "bicicross" com direito da queda de bike (Dani), gurizada chupando do picolé, variados e demorados bons papos, bateria de fogos, inevitáveis "ondas" entre gremistas e colorados, com direito a bandeiras e uniformes, “altas discussões" para solucionar todas as questões, políticas, sociais, religiosas, culturais e econômicas. "Decidem-se em alto nível" situações em todas as esferas, locais, estaduais, nacional e até mundiais globais e locais, presentes e futuros, entre tantas, o asfaltamento da Rua das Emoções.
As horas passam, e passam muito rapidamente, mas ninguém tem pressa para ir embora.
Uns se recolhem mais cedo, outros mais tarde e outros bem mais tarde. No final de tudo, todos ajudam a deixar recolher bandeiras, balões, iluminação, faixas, mesa, churrasqueira. Local limpo, tudo em ordem, luzes apagadas, vias públicas liberadas, aí vem o “rescaldo final” com os “mais fortes” celebrar a com as “saideiras” os últimos papos da madrugada e depois esperar para a próxima.
Habitualmente os meios de comunicação, emissoras de rádio, jornais, divulgam e destacam este acontecimento despretensioso, relações, simples, mas que fortalecem como amizade e principalmente da Boa Vizinhança.
POEMA: A RUA DAS EMOÇÕES
(autor: Aldino Ludwig)
“Nesta rua, nesta rua
Tem um bosque
Que se chama,,
Que se chama solidão”...
Numa noite de dezembro
As pessoas em alvoroço
Viram a fada da amizade
Pegar a pena da mão do poeta
E escrever, em sua bondade,
“que se chama emoção”.
A Festa da Vizinhança
Há muito afastou a solidão.
Hoje os abraços, os risos,
os beijos e a emoção
são os ingredientes
desta bela confraternização.
A rua é um grande palco.
Sem cortinas, tudo é aberto
Muros? Não há razão de ser.
As cercas e portas se abrem,
Deixam os sorrisos aparecer.
No rosto e olhar do outro,
Mais um valor descoberto
Uma cálida gota de lágrima
Se funde com a gota de sereno
E repousam unificadas
Na flor que assiste, enlevada,
À prece das almas erguidas
E às mãos entrelaçadas.
A mesa grande a abraçar
Os dois lados da rua
É a consagração da coletividade,
Depositária do compartilhamento
E abolição da individualidade.
E no coração de cada presente
Sempre cabe mais um,
Para aumentar o contentamento
As estrelas do céu
Espreitam o seu testemunho
O ágape recheado de amor,
Preparado de irmão para irmão.
A churrasqueira crepita as centelhas
Do calor da tarefa em união.
Entre as copadas das árvores
Espiam os olhos da natureza
O aperitivo é de rezas e abraços,
os pratos vindos de todas as direções
tem recheio de solidariedade,
temperos de companheirismo
e pitadas de amor e afetividade.
Feitas com esmero e de coração,
As sobremesas provocam cantos
E um convite a repetição.
Repetição da própria festa,
Que já tem data reservada
Trazendo mais um novo irmão.
No outro ano, se Deus quiser,
A já esperada celebração,
Aqui no mesmo lugar,
De novo o nome vai mudar,
De PIO XII para Rua das Emoções
Anexos
Nome do Arquivo |
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